Dani Bittar

 
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Dani Bittar

Sabe aquele primeiro bebê que nasce numa família, depois de longos anos de espera, e que chega trazendo alegria e empolgação não só para os pais, mas também para os quatro avós e todos os tios? Foi assim a chegada de Daniela a este mundo. Carinho e atenção sempre foram abundantes em sua vida. Inclusive após o nascimento da próxima criança da fila, seis anos depois. E pelo exemplo, nesse ambiente extremamente amoroso, logo cedo ela aprendeu a doar seu amor.

 Até hoje, Dani se lembra com ternura de quando sua avó paterna a levava a asilos, em dias de festa, para distribuir doces, salgados e palavras de afeto a idosos nas mais diversas condições. Sente saudades dos domingos em que seu avô professor a levava ao bairro da Liberdade, não só para saborear a culinária japonesa, mas para conviver e aprender com culturas diferentes das suas. Seus avós, tanto os do lado da mãe, como os do lado do pai, foram grandes incentivadores de que ela praticasse estudar, pesquisar, conhecer e respeitar a diversidade. Não foram poucas as noites que eles passaram debruçados sobre Barças e outras enciclopédias apoiando a neta a caprichar nos trabalhos de escola. Mas houve bastante brincadeira também! 

Marcada por intensa alegria, a infância de Daniela foi muito divertida. Uma de suas atividades favoritas era reunir toda a família para assistir às suas encenações de personagens imaginários e imitações de pessoas reais. Nessa época, ela ainda sonhava em ser atriz. Não demorou muito, no entanto, para o interesse pela odontologia começar a aparecer. Quando ela tinha por volta de oito anos de idade, seus pais a levaram a um ortodontista para resolver um caso complicado: “Eram muitos dentes para pouca boca!”, conta sua mãe, em tom de brincadeira. Foi o início de uma longa e bem-sucedida história com a cadeira de dentista.

 Na adolescência, aos catorze anos, outro marco a trouxe ainda mais para perto da missão e da satisfação de ajudar pessoas. A jovem Dani e suas duas inseparáveis melhores amigas foram estudar no Colégio São Luís, escola jesuíta de forte formação social e humanitária. Rapidamente elas se envolveram com os trabalhos sociais da instituição, e em pouco tempo estavam fazendo voluntariado numa casa de apoio a moradores de rua soropositivos para o HIV e na creche de atenção aos filhos pequenos dessas pessoas.

 Durante todo esse período, Dani seguia firme e forte em seu tratamento ortodôntico. A correção de seus dentes tanto não era simples, que chegou a ser caso de prova universitária! E, apesar de a estética ser uma grande questão na adolescência, ela preferia levar todo esse processo com bom humor. Às vezes se pegava tirando sarro de si mesma. Depois de anos já nessa jornada, certo dia ela parou para refletir: “Odiar ou amar a odontologia?”. E a resposta veio de dentro: “Serei dentista! Dessa forma, de verdade, conseguirei CUIDAR de pessoas”. Foi assim que ela decidiu estudar odontologia.

 Com a entrada na faculdade, iniciou-se uma longa jornada de estudos, práticas e atualizações, incluindo passagem pelo Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE/GEAPE - USP), pela Dentoclinic de Barcelona, na Espanha, e pela Universidade de São Paulo - USP, onde fez especializações e o mestrado que lhe rendeu o primeiro lugar do Prêmio Formiga de Ouro. Em meio a toda essa dedicação profissional, Dani também se casou e teve dois filhos que a enchem de alegria. “A Isadora e o Lorenzo são as paixões da minha vida”, conta a mãe e dentista que é tão apaixonada por crianças, que decidiu dedicar toda a sua vida a cuidar justamente da saúde e do bem-estar delas.